A história de vida de Albertina Soliani está envolvida em dois abraços. O da gente de sua cidadezinha natal na “baixa reggiana” e hoje também aquele da gente birmanesa, através de seus encontros com Aung San Suu Kyi.
Entre Boretto e Rangoon se desenrola a narração deste livro, mais uma biografia pessoal ao fim do mandato parlamentar. É a reconstrução daquele tecido de relações de amizade, constelações de ideias, que com obstinação e misteriosas coligações contribuíram para a renovação da Igreja, da escola e da política na Itália. Um percurso não marcado de desilusões, como pelos obstáculos ao projeto do Ulivo, e as três derrotas políticas de Prodi, contadas sem reticências no juízo sobre as responsabilidades pessoais e dos partidos. Sempre com a esperança das sentinelas que olham para além da noite, para confiar o amanhecer às novas gerações.
Albertina Soriani nasceu em Boretto (RE) em 10 de dezembro de 1944; vive e mora em Parma. Formou-se na Ação Católica e no clima do Concílio. Formou-se em Pedagogia na Universidade Católica de Milão. Ensinou na escola média e elementar e foi por 18 anos diretora didática do 13º Círculo de Parma, promovendo a intitulação da escola a Pilo Albertelli, o professor de Parma assassinado nas Fosse Ardeatine.
A atividade profissional sempre uniu o empenho social e político. Se empenhou na valorização das mulheres, presidindo na segunda metade dos anos oitenta a Comissão de paridade da Emilia-Romagna e sucessivamente o Comitê Nacional para as Oportunidades Iguais do Ministério da Educação.
Em 1995 participou, com a delegação governamental, da IV Conferência Mundial das Mulheres em Pequim, promovida pela ONU. Chamada por Romano Prodi, em 1996 fez parte de seu Governo como subsecretária da Educação.
Em 2001 foi eleito ao Senado da República pelo Ulivo, no colégio eleitoral que englobava parte da província de Parma e de Reggio. Foi reeleita senadora em 2006 e confirmada em 2008 pelo Partido Democrático.
Constituiu as associações parlamentares Amigos da Armênia e Amigos da Birmânia. Em 28 de fevereiro de 2013 encontrou em Naypyidaw, capital política do Myanmar, Aung San Suu Kyi, eleita parlamentar da Liga Nacional pela Democracia após sua libertação em 2010 e agora líder da oposição. Uma amizade e uma solidariedade que continuam. É presidente vicária do Comitê nacional para as celebrações do bicentenário do nascimento de Giuseppe Verdi.
Mês e ano de publicação: julho de 2024
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