“Se me chamar só para dizer aos parentes que devem lavar as mãos e usar álcool em gel, eu não participo.”
“Vocês, brancos, só falam de desgraça. Queremos falar de vida, de alternativas.”
Essas são falas que carregam resistência, mas também esperança de que uma outra forma de produção de conhecimento e prática é possível. Foram ditas logo nos primeiros encontros por professores indígenas convidados a compor equipe para construção do curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena. A equipe contou com a participação de representantes de várias etnias junto com professores de diversos campo do conhecimento como psicologia, antropologia, medicina, ciências sociais e educação.
Desse diálogo intercultural e interdisciplinar em um permanente exercício de compartilhamento de conhecimentos mas também de ignorâncias, trazemos nessa obra uma parte dessa produção e da experiência na elaboração do material escrito para formação de profissionais da saúde, educação, proteção social e lideranças comunitárias sobre Atenção Psicossocial em um contexto de enfrentamento da COVID-19 nos territórios indígenas na Amazônia Brasileira.
Obra necessária as demandas indigenas
O livro ficou maravilhoso, certamente a linguagem simples tem a possibilidade de alcançar nossos parentes, na leitura e compreensão do conteúdo que o livro trás, todos temos a expectativa de futuros trabalhos como esse para valorizar e levar a cultura indígena para o campo da ciência.